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“Relatos do Kratom” é uma série de entrevistas do KratomScience.com com pessoas que usam kratom para ajudar a lidar com a dor, depressão, ansiedade ou dependência de drogas. Entre em contato conosco no Twitter @kratomscience ou pelo e-mail do Brian ([email protected]) se você gostaria de contar a sua história.
Cory é da Pensilvânia, EUA, e decidiu experimentar o kratom para aliviar as dores de diversas lesões que possui, bem como para sua saúde mental. Ele tinha escutado relatos muito bons sobre os efeitos da planta, mas também muita propaganda negativa na internet. No final das contas, por sorte, o kratom vem ajudando bastante o Cory a ter uma rotina normal.
KratomScience: Que variedade de kratom você experimentou pela primeira vez?
Cory Schneekloth: Inicialmente, há alguns anos, experimentei uma variedade que acredito ter sido uma variedade vermelha, e depois recentemente foi a Bali.
KS: Como você preparou?
CS: A primeira vez, preparei com água fervendo num pote de geleia. Deixei repousar por 10, 15 minutos e então coei com um filtro de café posto em uma xícara grande, e aí descartei todo o resto. Depois bebi como um chá quente com mel.
KS: Ok, depois a segunda vez foi a variedade Bali. E você a preparou da mesma maneira?
CS: Dessa vez deixei repousar durante 30 minutos, e depois despejei a parte de cima, deixei a parte de baixo, e coloquei em água com gás saborizada.
KS: Das duas experiências, que versão de preparação e consumo você preferiu?
CS: A segunda. A primeira vez que experimentei já faz algum tempo. Eu não sabia muito sobre ele, mas provavelmente está relacionado a outras plantas medicinais, pois (cepas diferentes) têm efeitos diferentes. A primeira era de um tipo muito estimulante. Parece que me deu muito mais energia, de uma forma um pouco negativa. Parecia que eu estava para cima e para baixo ao mesmo tempo.
KS: Isso leva à minha próxima pergunta. Quais foram os efeitos perceptíveis de ambas as experiências? Você teve algum efeito colateral negativo perceptível?
CS: A primeira vez foi uma sensação desagradável de estar estimulado demais. Mas me fez sentir muito sorridente, e eu tive algumas dores nas costas que desapareceram imediatamente. A segunda vez a variedade era muito mais suave. Parecia muito suave, relaxante, calmante, com um efeito levemente estimulante, comparável a tomar uma xícara de chá verde versus quatro doses de café expresso.
KS: Qual foi a sua razão para experimentar kratom?
Eu estava procurando certos tipos de coisas para aliviar – tenho muitas lesões. Eu sofro de alguns problemas de saúde mental. Ouvi muitas coisas positivas sobre ele, bem como algumas outras não tão positivas. Então eu queria tentar novamente após um certo tempo para ver o que era. Li que há algumas limitações com a planta – ela tem que ser tratada adequadamente. Ela não é algo que eu possa usar todos os dias – o corpo não consegue aceitá-la.
KS: Você acha que o kratom pode ser viciante?
CS: Eu acho que deve depender da personalidade. Porque se você tem o tipo de personalidade, você pode ser viciado em fidget spinners, café, jogos de videogame. Você sente que nunca é o suficiente. Por isso, sinto que pode ajudar as pessoas com alguns vícios, porque é menos prejudicial do que, digamos, a heroína ou outros tipos de químicos que as pessoas podem ter sido viciadas. E após a leitura e a experiência pessoal, percebi que o corpo rejeita imediatamente a planta quando é tomada em excesso.
KS: O kratom foi algo que você provou num esforço para se livrar do vício?
CS: Sim. Eu tenho lutado contra o vício por um tempo. Principalmente com álcool. Não gosto muito de outras drogas fortes, então não tive nenhum problema com isso. Devido a uma reviravolta recente, tenho procurado algo que não seja farmacêutico e que tenha efeitos residuais no dia a dia, que possa ajudar a aliviar a ansiedade, a dor crônica, sem estabilizadores de humor intensos ou medicamentos como esses.
KS: Você sente que o kratom te proporcionou isso para alguns dos problemas com os quais você está lidando, a saúde mental e os seus próprios vícios? Você acha que o kratom é algo benéfico para você?
CS: Acredito que pode ajudar quando é tomado num regime rigoroso da forma como deveria ser preparado, consumido e em intervalos.
KS: O kratom é um produto que você continuaria a usar então?
Sim, eu continuaria usando.
KS: O kratom é um produto que você recomendaria e defenderia?
PC: Eu acho que depende do indivíduo. Eu queria ver os benefícios e também os impactos negativos… As diferentes facetas sobre as quais eu li na internet. Ele recebe propaganda negativa, mas o álcool é legal e já morreram toneladas de pessoas por causa do álcool. Ainda é legal e comercializado. Eu vejo (o kratom) como muito menos prejudicial do que isso (o álcool), que está disponível livremente nos Estados Unidos e no mundo, com o qual as pessoas podem simplesmente se destruir.
Eu vejo pessoas que fizeram um chá de duas a três vezes por semana para relaxar. Não acredito que deva ser usado para diversão – para sentar e ficar drogado. Não é bem esse tipo de planta. Ela tem propriedades psicoactivas. Ela levanta o seu humor e alivia a dor e tudo mais.
KS: Que ajuda perceptível você teve?
CS: Quando tentei pela segunda vez, com uma variedade diferente, depois de consumir, o meu humor foi aliviado, a dor foi aliviada, e aquela noite dormi de forma incrível. Porque tenho insônia crônica e há anos que procuro encontrar algo que me ajude a dormir. Não numa base noturna, mas talvez algo acumulativo que ao longo do tempo, tomado corretamente, me ajudasse a dormir.
KS: Fantástico. Fico feliz em saber.